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Publicado pela Embaixada de Portugal - Brasília em 27.7.09
Tenho o maior prazer em acolhê-lo no “site” da Embaixada de Portugal no Brasil, onde espero que possa obter de forma fácil, acessível e tão completa quanto possível, as informações que respondam às suas dúvidas, tanto sobre Portugal nas suas diferentes vertentes, como no que diz respeito a questões mais práticas, nomeadamente as de natureza consular.
Durante o meu mandato no Brasil procurarei assegurar que este “site” se mantenha actualizado e evolua de forma a proporcionar dados actualizados e novas ligações a outras fontes de informação. Não hesite em contactar-nos para nos dizer de que forma poderíamos cumprir melhor este objectivo e assegurarmos também por esta via uma maior proximidade com os cidadãos em geral e em particular com a comunidade portuguesa radicada no Brasil.
Convido-o igualmente a visitar o “Blogue da Embaixada”, iniciativa inédita da Missão de Portugal no Brasil, que pode ser acedido pela via deste site (ou directamente em “www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com”), onde encontrará mais informações sobre assuntos que, duma ou doutra forma, dizem respeito a Portugal.
Como embaixador de Portugal no Brasil, gostaria ainda de manifestar a minha intenção de manter sempre aberta a porta do diálogo com todos quantos considerem de interesse contactar-me. Poderão fazê-lo directamente através do endereço de correio electrónico “embaixadadeportugal@embaixadadeportugal.org.br”, fax ou carta para o endereço da Embaixada, transmitindo-me sugestões ou observações críticas que considerem adequadas. Todas serão ponderadas com a necessária atenção e procurarei assegurar que sejam sempre respondidas tão rapidamente quanto possível.
Com as minhas muito cordiais saudações,
João Salgueiro
Embaixador de Portugal no Brasil
A língua portuguesa condiciona nosso olhar para o mundo e a forma de expressar essa relação entre nós e os outros.
Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste são os países que se expressam na língua de Camões, aos quais haverá que juntar a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, e pequenos núcleos radicados em Goa, Damão e Diu. Não serão alguns deles nações de cultura lusófona, mas têm, necessariamente, na diversidade cultural própria de cada uma delas, vertentes comuns que advém de séculos de contactos entre elas.
Por estas, e outras razões que se adivinham, os Centros Culturais do Instituto Camões são instrumentos importantes para a circulação da informação cultural ao serviço deste “mundo” culturalmente diverso, mas unido pela língua comum ricamente matizada em cada um dos Estados da CPLP por neologismos e arcaísmos que nos tornam cada vez mais ricos no nosso encontro com o outro.
Em Brasília e no Pólo de São Paulo, nos Consulados de Carreira, Brasil e Portugal têm um palco privilegiado onde o público pode identificar-se com a cultura luso-brasileira, em áreas tão diferentes quanto a música, o teatro, as artes plásticas, a literatura e o artesanato.
Para mais cultura, consulte as páginas do Instituto Camões no Brasil e do Instituto Camões em Portuga
HENRIQUE GALVÃO, ESCRITOR E POLITICO.
por João Alves das Neves
Muito tem sido dito e escrito por e contra o Capitão Henrique Carlos Malta Galvão, que se tornou mundialmente conhecido por haver projetado e comandado, em 1961, o apresamento do navio “Santa Maria”.Celebrado pela ação política que cumpriu contra o regime de António de Oliveira Salazar, o Cap. Galvão passou a combater as falcatruas praticadas pelos apaniguados do regime em Portugal e nas antigas colônias. Sem duvida, foi uma luta desigual e sem tréguas em prol da liberdade no país natal.
Nascido no Barreiro, frente a Lisboa, em 4-2-1895, Henrique Galvão morreu em São Paulo do dia 25-6-1970. O tempo esfuma-se e são cada vez menos os que o apóiam ou odeiam, porque as divergências ideológicas ainda hoje persistem: o comandante do “Santa Liberdade” (como ele designou o navio) não foi aplaudido pelos “abrilistas”, nem dos direitistas nem dos esquerdistas. Mas se o político foi esquecido a sua obra literária pertence para sempre à História da Cultura Portuguesa do século XX.
Evidentemente, há excepções: foi publicado recentemente em Portugal o livro Andanças para a Liberdade (1), de Camilo Mortágua, que relata não só a vida do autor em Portugal e na Venezuela, mas também os preparativos do Cap. Galvão, em Caracas, para desencadear a “Operação Dulcineia”. E os democratas portugueses não podem esquecer os riscos enfrentados pelo capitão insubmisso.
Na última página do seu livro, Camilo Mortágua, descreve fim da “viagem” no Recife e o caminho futuro: “As próximas andanças” hão-de levar-nos de volta a Lisboa e à restauração da Liberdade, “esperando dela, e tão só, todas as recompensas”. E promete completar o relato da aventura iniciada com o “Santa Liberdade”.
Eugénio Montoito salienta, no livro “Henrique Galvão (2)”, “a dissidência de um cadete do 28 de Maio (1927/1952)” quando o jovem militar esteve ligado ao Golpe de Estado de 1926 e à conspiração dos militares (7-2-1927) e, mais tarde, à posição de ideólogo de excelência do colonialismo português”, chegando a seguir à “experiência parlamentar” e aos motivos que o levaram ao afastamento do regime, “através daquela mesma África que tinha originado a união e a convergência política”. No último capítulo do livro, Eugénio Montoito recorda o ingresso do Cap. Galvão na campanha presidencial do Almirante Quintão Meireles, oposicionista, e em outras fases do combate aberto ao regime ditatorial de Salazar.
A “Operação Dulcineia” foi documentada em 7 artigos publicados no jornal “O Estado de S. Paulo” (de 19-2-1961 a 26 do mesmo mês). Antes, porém. Galvão escrevera 2 artigos na revista Anhembi, dirigida pelo jornalista e escritor Paulo Duarte (fev. e março de 1953) sobre a Ditadura salazarista e no jornal A Tribuna, (27-3-1960), mas a aventura do Santa Maria apareceu em numerosos jornais e revistas de vários países, embora O Estado de S. Paulo tenha sido a barricada mais firme deste novo período de luta ao fascismo português (o tiroteio alargou-se por mais de 40 artigos, além de outra quinzena de textos acerca da fauna e de certos aspectos da vida africana (o último artigo saiu, em 16-10-1966).
A bibliografia de Henrique Galvão é extensíssima e abrange mais de 20 volumes, entre ensaios de caráter científico e de ficção e teatro (incluindo a poesia de Grades Serradas), a-par de quatro dezenas de livros que o biógrafo Eugenio Montoito considerou de “intervenção política e administração colonial” (5 em torno do governo salazarista). Foi ainda tradutor de 8 peças de Eugénio O’Neill e mais duas de Lionel Shapiro e Jean de La Varande, a-par de um livro de Pierre Goemar. E prefaciou igualmente a edição portuguesa das Obras Poéticas de Manuel Bandeira.
O nosso primeiro contacto pessoal com o Cap. Henrique Carlos Malta Galvão ocorreu durante a visita que ele fez ao jornal O Estado de S. Paulo. Certo dia, o Capitão ficou doente e avisamos o Dr. Júlio de Mesquita Filho, diretor de O Estado de S. Paulo, que mandou marcar uma consulta com o médico do jornal. O clínico recomendou que fosse hospitalizado – e pediram-nos que o acompanhássemos à Clínica Bela Vista, em São Paulo, onde ele ficou internado por quase 4 anos. Raros amigos o visitavam e pediram-nos que informasse a Direção do jornal. Quando os médicos acharam que a doença do Capitão era irreversível, foi solicitada a intervenção do Governo de Lisboa para que ele pudesse voltar a Portugal. A resposta foi implacável – o regime comprometia-se a pagar a clínica, mas regressar, não! E no dia 25 de Junho de 1970, Henrique Carlos deixou-nos. Ao velório compareceram 9 pessoas, entre os quais o Dr. Ruy de Mesquita, atual diretor de O Estado de S.Paulo – e apenas 6 portugueses o acompanharam ao cemitério paulistano de Vila Nova Cachoeirinha. Posteriormente, quando fomos a Lisboa recebemos a derradeira tarefa:levar o dinheiro que ele deixara – pouco mais de 3 mil cruzeiros! – e entregá-lo à viúva, D. Maria de Lourdes Galvão.
Somente em 10 de Novembro de 1991 os restos mortais do Cap. Henrique Galvão foram trasladados para um mausoléu do Cemitério dos Prazeres, graças às diligências do Diretor de O Estado de S. Paulo, Dr. José Maria Homem de Montes, que declarou em Lisboa: “Hoje, o Estado Português presta a Henrique Galvão a homenagem no círculo dos que souberam ousar e não se conformar.”
LIGAÇÃO EFECTIVA ? |
LIGAÇÃO EFECTIVA: PEDIDOS DE NACIONALIDADE PORTUGUESA POR NATURALIZAÇÃO
Qual o entendimento de ligação efectiva?
Entendo que na maioria do casos é necessário ter cidadania, ter direitos e deveres politicos e civis. Muitos confundem cidadania com nacionalidade, para se ter cidadania não é preciso ter nacionalidade portuguesa, mas para se ter nacionalidade nos termos da Lei é fundamental ter a cidadania.
I. CASOS EM QUE SE APLICA A COMPROVAÇÃO DE LIGAÇÃO EFECTIVA À COMUNIDADE NACIONAL
1. estrangeiro menor ou incapaz, cuja mãe ou pai tenha adquirido a nacionalidade portuguesa, depois do seu nascimento;
5. estrangeiro adoptado plenamente por nacional português, por decisão transitada em julgado antes da entrada em vigor da Lei da Nacionalidade n.º 37/81, de 3 de Outubro;
II. CASOS EM QUE NÃO SE APLICA A COMPROVAÇÃO DE LIGAÇÃO EFECTIVA À COMUNIDADE NACIONAL
1. estrangeiros maiores ou emancipados à face da lei portuguesa, que residam legalmente no território português, há pelo menos seis anos;
2. menores, à face da lei portuguesa, nascidos no território português, filhos de estrangeiros desde que um dos progenitores resida legalmente em Portugal, há pelo menos cinco anos, ou o menor aqui tenha concluído o primeiro ciclo do ensino básico;
3. indivíduos que tenham tido a nacionalidade portuguesa e que, tendo-a perdido, nunca tenham adquirido outra nacionalidade, desde que sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;
4. indivíduos nascidos no estrangeiro com, pelo menos, um ascendente do 2º grau da linha recta de nacionalidade portuguesa e que não tenha perdido esta nacionalidade, desde que sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;
5. indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros, que aqui tenham permanecido habitualmente nos 10 anos imediatamente anteriores ao pedido;
6. indivíduos que, não sendo apátridas, tenham tido a nacionalidade portuguesa, aos que forem havidos como descendentes de portugueses, aos membros de comunidades de ascendência portuguesa e aos estrangeiros que tenham prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado Português ou à comunidade nacional, desde que sejam maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;
7. mulher que perdeu a nacionalidade portuguesa por ter adquirido uma nacionalidade estrangeira, com fundamento no casamento com estrangeiro, nos termos da Lei nº. 2098, de 29 de Julho de 1959;
8. Aquele que, tendo tido a nacionalidade portuguesa, a perdeu por ter adquirido voluntariamente uma nacionalidade estrangeira, nos termos da Lei nº 2098, de 29 de Julho de 1959.
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!