Aspectos ligados aos interesses pela história ou pela realidade presente nos países de Portugal e Brasil, abraços Marcão
Tentando analisar as razões de um certo alheamento mútuo entre Portugal e Brasil, o jornalista brasileiro Bruno Garschagen escreve:
"O alheamento foi consagrado por dois eventos:a) instauração da ditadura portuguesa em 1926 e o consequente isolamento político do país a partir de 1932 sob o chicote de Salazar; b) a revolução de 1930 no Brasil e a posterior instauração da ditadura a partir de 1937 sob as botas de Getúlio Vargas ."
Bruno GuersChaguen, actual mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica de Lisboa, constata mais adiante:
"Em 1974, Portugal quase virou Cuba. Em 1974, a esquerda brasileira queria transformar o Brasil em Cuba. A partir de 1975, Portugal caminhou para uma democracia, percurso que o Brasil só faria a partir de 1985. Há apenas 24 anos os dois países estão livres para uma reaproximação. O que há hoje? No Brasil, uma indiferença relativa facilmente quebrada quando se fala sobre a história ou sobre as belezas de Portugal. Persistem, porém, os clichés... Em Portugal, um relativo interesse e curiosidade ..."
E por fim conclui:
"Os brasileiros não sabem o que se passa cá; os portugueses sabem um pouco sobre o que se passa lá. Vivemos uma indiferença pacífica, que Blaise Pascal considerava a mais sábia das virtudes. Não neste caso, onde estamos mais a cometer o maior dos pecados: tratarmo-nos com indiferença é a essência da desumanidade, no que estou com Bernard Shaw. Como combatê-la? Com interesse.
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