Lisboa, 27 set (EFE).- O primeiro-ministro socialista, José Sócrates, venceu neste domingo as eleições legislativas em Portugal e se mostrou decidido a formar Governo após perder a maioria absoluta que conquistou em 2005.
A Comissão Nacional de Eleições confirmou a vitória do Partido Socialista (PS) com 36,5% de votos, contra 29% conseguido pelo Partido Social Democrata (PSD, centro-direita) de Manuela Ferreira Leite.
Sócrates proclamou que o PS tinha alcançado uma "vitória extraordinária" e em circunstâncias "muito difíceis e muito exigentes", em aparente referência aos graves efeitos da crise econômica internacional em seu país e ao assédio de todas as demais forças de oposição, empenhadas em acabar com sua maioria absoluta.
Manuela reconheceu a derrota de seu partido e, embora tenha felicitado o primeiro-ministro, adiantou que fará uma oposição "firme" e continuará o "combate político" na campanha que começa na segunda-feira para as eleições municipais do dia 11 de outubro.
A ex-ministra de Finanças anunciou que assume a "responsabilidade" dos resultados e disse que convocará, após as municipais, o Conselho Nacional de seu partido para que analise os resultados dos três processos eleitorais deste ano.
O PSD ganhou as eleições europeias de junho passado com uma percentagem dois pontos maior que o do PS, que obteve apenas 26,5%.
Mas na apuração provisória a oposição social democrata consegue três deputados a mais que em 2005 e contará com 78 dos 230 membros da Assembleia, enquanto os socialistas perdem, por enquanto, 25 dos 121 que conseguiram há quatro anos com 45% dos votos.
Apesar da fraqueza de sua maioria, Sócrates anunciou que esperará os contatos com as forças políticas que deve fazer agora o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (do PSD), e "realizar as consultas necessárias para formar Governo".
As eleições de hoje evidenciaram um grande crescimento de um aliado natural do PSD, o conservador Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP), que se transforma na terceira força portuguesa com 10,4% dos votos (7,2% em 2005) e passa de 12 para 21 deputados.
O marxista Bloco de Esquerda (BE), com 9,8% dos sufrágios (6,3% nas anteriores eleições) é outro dos ganhadores e duplica para 16 seus deputados.
A última força do arco parlamentar, a CDU registra um ligeiro aumento de votos e deputados ao passar de 7,5% de 2005 para 7,8% e de 14 para 15 deputados.
Sócrates acusou seus rivais de se esquecer de quem era o vencedor do pleito em seu discurso do final do dia eleitoral e considerou que o PS "foi escolhido sem nenhuma ambiguidade" e que "a vontade do povo é que continue governando Portugal".
"O objetivo agora é construir um futuro melhor para os portugueses e para isso o PS continuará seu trabalho na próxima legislatura", acrescentou Sócrates, que agradeceu a confiança do país e se comprometeu a estar a sua altura.
Por outro lado, o líder democrata-cristão do emergente CDS-PP, Paulo Portas, destacou como nestas eleições o povo tirou a maioria absoluta de Sócrates com 500 mil votos menos e "censurou a arrogância e prepotência de sua maioria".
O líder BE, Francisco Loucá, enfatizou que nenhum partido subiu tanto em termos percentuais como o seu e sustentou que este pleito foi um ponto de inflexão, criando "uma esquerda mais forte, capaz e representativa que representa uma grande esperança para o país".
"Não voltará a maioria absoluta do PS e não voltará a ser possível criar um sistema de seguridade social que degrade as pensões mais baixas", falou o dirigente do BE, a quem Sócrates criticou depois por falar como se continuasse em campanha eleitoral.
Por último o líder da coalizão de comunistas e Verdes, Jerónimo de Sousa, também considerou "estimulante" seu resultado, apesar de cair do terceiro para o quinto posto parlamentar.
"É um sinal de crescimento", sustentou o veterano dirigente comunista, ao se mostrar satisfeito por seus três décimos de aumento de votos e, sobretudo, pelo fim da maioria absoluta socialista.
A Comissão Nacional de Eleições confirmou a vitória do Partido Socialista (PS) com 36,5% de votos, contra 29% conseguido pelo Partido Social Democrata (PSD, centro-direita) de Manuela Ferreira Leite.
Sócrates proclamou que o PS tinha alcançado uma "vitória extraordinária" e em circunstâncias "muito difíceis e muito exigentes", em aparente referência aos graves efeitos da crise econômica internacional em seu país e ao assédio de todas as demais forças de oposição, empenhadas em acabar com sua maioria absoluta.
Manuela reconheceu a derrota de seu partido e, embora tenha felicitado o primeiro-ministro, adiantou que fará uma oposição "firme" e continuará o "combate político" na campanha que começa na segunda-feira para as eleições municipais do dia 11 de outubro.
A ex-ministra de Finanças anunciou que assume a "responsabilidade" dos resultados e disse que convocará, após as municipais, o Conselho Nacional de seu partido para que analise os resultados dos três processos eleitorais deste ano.
O PSD ganhou as eleições europeias de junho passado com uma percentagem dois pontos maior que o do PS, que obteve apenas 26,5%.
Mas na apuração provisória a oposição social democrata consegue três deputados a mais que em 2005 e contará com 78 dos 230 membros da Assembleia, enquanto os socialistas perdem, por enquanto, 25 dos 121 que conseguiram há quatro anos com 45% dos votos.
Apesar da fraqueza de sua maioria, Sócrates anunciou que esperará os contatos com as forças políticas que deve fazer agora o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (do PSD), e "realizar as consultas necessárias para formar Governo".
As eleições de hoje evidenciaram um grande crescimento de um aliado natural do PSD, o conservador Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP), que se transforma na terceira força portuguesa com 10,4% dos votos (7,2% em 2005) e passa de 12 para 21 deputados.
O marxista Bloco de Esquerda (BE), com 9,8% dos sufrágios (6,3% nas anteriores eleições) é outro dos ganhadores e duplica para 16 seus deputados.
A última força do arco parlamentar, a CDU registra um ligeiro aumento de votos e deputados ao passar de 7,5% de 2005 para 7,8% e de 14 para 15 deputados.
Sócrates acusou seus rivais de se esquecer de quem era o vencedor do pleito em seu discurso do final do dia eleitoral e considerou que o PS "foi escolhido sem nenhuma ambiguidade" e que "a vontade do povo é que continue governando Portugal".
"O objetivo agora é construir um futuro melhor para os portugueses e para isso o PS continuará seu trabalho na próxima legislatura", acrescentou Sócrates, que agradeceu a confiança do país e se comprometeu a estar a sua altura.
Por outro lado, o líder democrata-cristão do emergente CDS-PP, Paulo Portas, destacou como nestas eleições o povo tirou a maioria absoluta de Sócrates com 500 mil votos menos e "censurou a arrogância e prepotência de sua maioria".
O líder BE, Francisco Loucá, enfatizou que nenhum partido subiu tanto em termos percentuais como o seu e sustentou que este pleito foi um ponto de inflexão, criando "uma esquerda mais forte, capaz e representativa que representa uma grande esperança para o país".
"Não voltará a maioria absoluta do PS e não voltará a ser possível criar um sistema de seguridade social que degrade as pensões mais baixas", falou o dirigente do BE, a quem Sócrates criticou depois por falar como se continuasse em campanha eleitoral.
Por último o líder da coalizão de comunistas e Verdes, Jerónimo de Sousa, também considerou "estimulante" seu resultado, apesar de cair do terceiro para o quinto posto parlamentar.
"É um sinal de crescimento", sustentou o veterano dirigente comunista, ao se mostrar satisfeito por seus três décimos de aumento de votos e, sobretudo, pelo fim da maioria absoluta socialista.
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