sexta-feira, 29 de maio de 2009

Entrevista / Sofia Salgado




Sofia Salgado
conexaolusofona@alltv.com.br
Idade: 44 anos anos
Profissão: Jornalista

Nasceu em Portugal. Viveu 15 anos na Ásia. Repórter e Apresentadora exerceu a profissão em Macau, Sul da China, por mais de uma década. Realizou Viagens e Expedições em mais de 70 países. No Brasil, participou na Expedição Fotográfica “Brasil pelo Buraco da Agulha”. Durante 9 meses fez o reconhecimento de 25 estados brasileiros, antes de se fixar em São Paulo.





Parabéns à Jornalista Sofia Salgado, em excelente entrevista com o Prof João Alves das Neves, a respeito do Instituto Fernando Pessoa e a diversos temas ligados a Comunidade Portuguesa.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

João Alves das Neves / Angola

Caro Confrade João Alves das Neves, data vênia, estou postando no meu blog mais um artigo de sua publicação, Parabéns e Sucesso. abraços Marcão

http://marcaoportugal.blogspot.com/

por João Alves das Neves

Visão noturna da Baía de Luanda - foto de Cristiano Arbex Valle

Visão noturna da Baía de Luanda - foto de Cristiano Arbex Valle

I

Cerca de 40 mil brasileiros já teriam desembarcado em Angola, nos últimos anos, ao mesmo tempo que alguns angolanos (e em particular as mulheres) vêm cada cada vez em maior número “fazer compras” no Brasil, desde roupas aos pequenos utensílios domésticos – primeiro, voavam de Luanda a Fortaleza, na região nordeste, e agora começaram a descer até São Paulo, no sul. E dizem que, apesar do alto custo da viagem, vale a pena, porque são muito mais caros os produtos de outros países, incluindo os adquiridos em Portugal (os exportadores que se cuidem, pois os ventos mudaram).

O que está ocorrendo não seria novidade no fim do século XVIII e no começo do XIX, isto é, reata-se uma tradição secular. Quem sabe História, recordará que os oportunistas holandeses, em virtude da guerra com os espanhóis, tentaram asfixiar a economia portuguesa (ou luso-brasileira?) por meio da ocupação do Brasil), pois chegaram a dominar uma boa parte do Nordeste e foram até Angola, instalando-se em diversos pontos do território. Portugal conseguiu libertar-se das grilhetas filipinas, mas os flamengos venderam por bom preço as zonas conquistadas temporariamente pelos militares dos comerciantes vitoriosos.

Em relação a Angola, foram os portugueses do Brasil e os seus descendentes “brasilianos” os principais financiadores da reconquista genuinamente luso-brasileira, ainda que com o denodado apoio da Metrópole, esgotada pelos roubos napoleônicos e, depois, com os gastos da guerra contra “nuestros hermanos (vizinhos, sim, mas não irmãos). A penúria lusitana de homens e dinheiro foi tão grande que o Padre Vieira, na dupla condição de diplomata e negociador, chegou a admitir a hipótese de Portugal ter de recomprar aos holandeses as terras que eles tinham descaradamente roubado a Portugal!

Felizmente, o despudor dos flamengos não conseguiu descaracterizar o Nordeste do Brasil, em virtude de eles haverem sido vencidos para sempre na batalha dos Guararapes (no Recife), ao mesmo tempo que as posições assumidas em território angolano foram destroçadas. Evidentemente, há contemporâneos que não sabem nem querem saber que a unidade do Brasil e de Angola só tem uma explicação – a coragem que os lusos demonstraram na luta contra os inimigos de ontem no antigo Ultramar e até em Portugal. E dizê-lo não significa que os portugueses fossem colonialistas dos tipos inglês, francês, espanhol, holandês, alemão ou italiano.

Não obstante, quando ocorreu a independência do Brasil, em 1822, houve quem, em Angola, defendesse a separação de Portugal e a união em nome de uma brasilidade atlântica, nessa altura tão débil quanto irrealista. O episódio histórico é mal conhecido, mas está documentado no livro Angola e Brasil – 1808-1830, da autoria de Manuel dos Anjos da Silva Ribeiro (ed. Agência Geral do Ultramar, Lisboa. 1970).

II

Mais de 50 empresas brasileiras (grandes, médias e pequenas) estão já instaladas em Luanda e outros lugares, conforme artigo de O Estado de S. Paulo, assinado por Edison Veiga, com base em informações da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola. Os empreendimentos são de vulto – o Grupo Odebrecht, por exemplo, dispõe de 10 mil empregados (2.500 são brasileiros) e fez várias centrais hidroelétricas, constrói imóveis e participa das obras de saneamento de Luanda e participa do único central de compras do país (tem 89 lojas), ao passo que a Construtora Andrade Gutierrez amplia os projectos.

Por seu turno, cresce a influência da TV Globo Internacional, que fornece novelas para a Televisão oficial e, além disso, tem 150 mil assinantes. E a Universidade Agostinho Neto contratou diversos professores brasileiros, dá facilidades aos 2 mil estudantes que freqüentam escolas superiores do Brasil, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Rio Grande do Sul. Paralelamente, a Universidade Agostinho Neto desenvolve-se a partir dos seus 50 mil alunos, que freqüentam 68 cursos de licenciatura, 18 de bacharelato e 15 de mestrado. E anuncia-se que funcionam igualmente 14 universidades particulares em todo o território.

Para lá das saudades que têm da Pátria, os brasileiros que optaram por Angola, definitivamente ou com planos de regresso, vivem muitíssimo bem. Considerando que são milhares os que auferem o triplo dos salários que ganhariam no país natal. E são bastantes aqueles que têm viagens pagas para revisitar de dois em dois meses as famílias que deixaram no país natal.

Como não há bela sem senão, os neo-emigrantes queixam-se da carestia angolana – e só os produtos importados são bons, porque a jovem nação ainda não pôde reformular a sua agropecuária, que foi outrora muito razoável. Os alimentos mais apreciados custam 4 vezes mais do que no Brasil: uma lata de coca-cola custa US$2,70 e uma refeição aceitável fica em torno de USA$50,00 – a moeda nacional é o “kuwanza”, mas para adquirir 1 dólar são precisos 75 “kwanzas”! E isto explica que um apartamento de 2 dormitórios não seja acessível por menos de US$ 5 mil… mensais! (Os executivos mais bem pagos chegam a dispender US$ 5 mil!).

Os brasileiros são como os portugueses e, por isso, irritam-se com o trânsito mais do que lento (em Luanda, nas horas de pico, há quem demore 3 horas para percorrer uma distância de 15 km…). Apesar dos pesares, Angola ainda vale a pena, em especial para os que têm paciência, porque oferece ao visitante praias bonitas, paisagens belíssimas – e, acima de tudo, ao que diz O Estado de S. Paulo, “o angolano é boa gente”, simpático, bem educado e gosta dos brasileiros (e também dos portugueses, porque a colonização foi muito pior noutras terras africanas).

Todavia, o que confrange é a pobreza vivida pela maioria dos 4,5 milhões de residentes na cidade de São Paulo de Assunção de Luanda, fundada pelos colonizadores, em contraponto a São Paulo de Piratininga. Resta aos bons luandenses a esperança de um futuro melhor, já que o presente é difícil.

Os brasileiros adaptam-se à vida angolana, mal grado a falta de uma felicidade completa, que não existe fora do sonho. E quem desembarca em Luanda para trabalhar não deve esquecer a sua condição de emigrante. Aliás, brasileiro que vai para Angola é um privilegiado, porque um alto salário contribui decisivamente para reduzir a saudade.

(*) João Alves das Neves é escritor (e-mail: jneves@fesesp.org.br)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

João Alves das Neves


Caro Amigo Marcão,
Estarei no próximo dia 29 de Maio (sexta-feira) às 15 horas, de Brasília, 19 horas de Lisboa, no programa Conexão Lusófona, que é transmitido pelo site www.alltv.com.br e dirigido pela jornalista Portuguesa Sofia Salgado.
Falarei sobre o meu trabalho a respeito de Fernando Pessoa, de "Portugalidade" e de 10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades de Língua Portuguesa.
Agradeço a divulgação. Anexo um breve texto a certa da AllTV.
Assista e participe!!

João Alves das Neves

Prezado Amigo Marcão
Já está no ar a edição de Maio do Blog Revista Lusofonia www.revistalusofonia.wordpress.com.
Esse mês foram abordado temas diversos.
Links diretores aos principais posts:
Boa leitura a todos.
Abraços.
João Alves das Neves.

Nem às paredes confesso - Amália Rodrigues



Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça,
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça
Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Eu sou sincera
Porque não quero
Dar-te um desgosto

[refrão:]
De quem eu gosto
nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém
Podes rogar
Podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.

Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
que eu tanto espero.
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo,
Mesmo que penses
Que me convences
Nada te digo.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Curiosidades de Portugal

Ferrador luso resiste ao tempo e atua até como veterinário

Por Daniel Gil, da Agência Lusa

Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, 24 mai (Lusa) - É o último "ferrador das arribas" e presta serviço em toda a área do Douro Internacional, com solicitações para serviços nos dois lados da fronteira. Na Espanha, os veterinários o chamam para castrar animais.

Zé Ferrador é o apelido de José Preto, que sai todas as manhãs de Freixo de Espada à Cinta, de onde é natural, levando consigo uma safra ou bigorna, formão e grosa, entre outros utensílios necessários para a preparação de um animal.

Em um destes dias, a Agência Lusa o acompanhou a Mata de Lobos, aldeia fronteiriça na região de Figueira de Castelo Rodrigo.

Zé Ferrador levava consigo apenas quatro ferraduras e uma quarentena de cravos, comprados numa fábrica em Caíde, a única que conhece na região.

"Já fiz muitos cravos e ferraduras com estes calos que tenho nas mãos", disse o ferrador de 45 anos que, aos 17, aprendeu a arte junto do seu vizinho Manuel Diogo, que lhe ensinou os segredos do ofício.

Na Mata de Lobos, era esperado por um homem conhecido como Ti Correia, que o recebe junto ao cavalo do sobrinho, e está pronto para ajudar o ferrador segurando a pata do cavalo. O animal até era manso e não trouxe problemas ao trabalho - quase mecânico - de Zé Ferrador. Se fosse bravo, teria de ser amarrado para impedir algum coice inesperado.

Atuação

José Preto trabalha em toda a região dos rios Douro e Águeda Internacionais, nos distritos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, e em todo o Noroeste Salamantino, a parte espanhola junto a estes dois rios.

"Tenho mais números de telefone espanhóis do que portugueses", afirmou, acrescentando que os vizinhos do outro lado da fronteira o procuram para castrações e "fazer certas operações", como tirar figueiras (feridas cancerosas) ou cistos.

A chamada é feita mesmo por veterinários que "até sabem, mas não querem sujar as mãos". Em toda esta região conhece apenas dois ferradores, já na casa dos 60 anos, mas que já não se deslocam para ver os animais.

O ferrador, porque a idade o permite e também porque é o único que presta serviço em domicílio na região transfronteiriça, chega a ter meses em que ferra de 40 a 50 cavalos para ferrar.

"Quatro patas 50 euros, o preço está feito" para ambos os lados da fronteira. E "burros é igual", disse José Preto, explicando que não cobra a viagem e oferece apenas o resultado da sua arte como selo de qualidade, porque "aqui não há garantias".

Por outro lado, Ti Correia, negociador de gado com a nostalgia dos homens que não reconhecem os tempos atuais onde "já quase não há gado nem agricultura", reclama de só trabalhar com burros mirandeses.

Persistência

A tradição pecuária nestas terras tem vindo a desaparecer, mas ainda existe um pequeno conjunto de pessoas que não querem arredar pé da tradição local.

Zé Ferrador acaba por ser o "sinal dos tempos" de hoje, quando não é preciso mais do que um ferrador em toda esta região. Entretanto, em Figueira de Castelo Rodrigo, começa a se revelar um potencial sucessor.

Ricardo Julião, de 20 anos, é filho de ferrador e aprendeu com o pai a amansar, desbastar e ferrar animais.

Confrontado com o desafio, respondeu: " é isto que quero fazer da minha vida".

Grande Daniel, parabéns pelo excelente artigo, enquanto outros tantos se preocupam em escrever somente a respeito da Tecnologia, mesmo sabendo que o seu uso exagerado proporciona cada vez mais o afastamento das pessoas em seu convívio quotidiano, você de forma simples e clara mostra o relacionamento feliz e à moda antiga: abraços >>> Marcão


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Aldina Duarte / Sem Preconceitos

Semana de Camões /Está o lascivo e doce passarinho

em homenagem...



Está o lascivo e doce passarinho

Co'o biquinho as penas ordenando,
O verso sem medida, alegre e brando,
Espedindo no rústico raminho.

O cruel caçador, que do caminho
Se vem, calado e manso, desviando,
Na pronta vista a seta endireitando,
Lhe dá no Estígio lago eterno ninho.

Destarte o coração, que livre andava,
(Posto que já de longe destinado),
Onde menos temia, foi ferido.

Porque o Frecheiro cego me esperava,
Para que me tomasse descuidado,
Em vossos claros olhos escondido.

Luís de Camões

Semana de Camões / Dinamene

10 de junho, é dia de Camões volto para reflexões aos tempos do Cursinho preparatório Vicente de Cayru, na Rua Querino de Andrade, -palco também- de muitas batalhas sangrentas da época do regime militar, onde a espada do meganha flambava as nossas costas, -dos estudantes inconformados- enfim..., -Relembro feliz um Professor de Literatura, o único que às 23:00 ainda me mantinha acesso pela forma eloquente que exponha a matéria. - Pela primeira vez ouvi e nunca mais pude esquecer a "rapariga" Dinamene, cantada em versos e que ambos desfrutem eternamente do Paraíso. >>> abraços em homenagem com lágrimas Marcão.


Camões - Alma minha gentil, que te partiste

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algua cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.(1)

(1) – Soneto 48 - Este belo soneto aproxima-se do soneto XXXVII de Petrarca, mas o de Camões é de mais pura espiritualidade e mais penetrante melodia. Segundo o manuscrito da VIII Década de Couto, existente na Biblioteca Municipal do Porto, foi ele inspirado pela rapariga oriental que naufragou com o Poeta na foz do Mécon, ali morrendo afogada. - O poema foi escrito pelo português Luís de Camões a respeito de sua falecida amada Dinamene e onde o amor platónico, com características petrarquianas, se revela num dos seus expoentes máximos. A desventura do poeta, condenado a viver triste, eternamente.

O soneto, que os biógrafos associam à morte de Dinamene, chinesa com quem Camões teria vivido em Macau, é dos mais conhecidos. Segundo a tradição, acusado de delitos administrativos, Camões e Dinamene teriam sido levados da China para a Índia, onde seria julgado o poeta. Na viagem, por volta de 1560, o navio naufraga nas costa do Camboja, junto à foz do rio Mekong. - Camões teria conseguido salvar-se e salvar Os Lusíadas, que trazia quase concluído, mas teria perdido Dinamene, a sua "alma gentil",



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Solar da Marquesa de Santos


A CIDADE NO TEMPO DO IMPÉRIO (1822-1889)

Solar da Marquesa de Santos (comprado pela Marquesa de Santos em 1834)

Nas ruas centrais de São Paulo, sobrados de dois e até três pavimentos foram construídos para abrigar as pessoas abastadas. Tais edificações, feitas de taipa de pilão, tinham, na maioria das vezes, sacadas de ferro, balcões e janelas adornadas.

As cores das fachadas variavam entre o branco, o amarelo e o rosa-pálido. No térreo, funcionavam casas comerciais.

Embora luxuosas, essas residências eram precariamente iluminadas por candeeiros de azeite e óleo de mamona. Em uma de suas cartas, escritas de São Paulo ao Rio de Janeiro, o então estudante Álvares de Azevedo pedia que lhe mandassem da Corte (Rio de Janeiro) vidros pequenos, que servissem no seu candeeiro; quatro anos depois fazia um pedido igual: o vidro de seu candeeiro tinha se quebrado, e esse era um artigo que não se encontrava aqui "nesta santa terrinha". 19

Vale a Pena ser Visto: abraços Marcão ...

Solar da Marquesa de Santos, 1860.
Crédito: Arq. Municipal – Seção Arquivo de Negativos DIM/DPH/SMC/PMSP

O Solar da Marquesa de Santos, construído em taipa de pilão no século XVIII, é o único exemplo que resta em nossa cidade desse tipo de sobrado de arquitetura aristocrática. Por mais de 30 anos, pertenceu a d. Domitila de Castro Canto e Melo, amante do imperador d. Pedro I. Domitila comprou o sobrado em 1834, depois de ter rompido o relacionamento com d. Pedro I. Lá morou com mais de cem pessoas, entre escravos, empregados e parentes que ocupavam o primeiro pavimento. 20

Dizia-se que tinha hábitos arrojados para a época: promovia numerosos bailes, saraus, além de fumar na janela e de ter tido amantes e dois maridos oficiais. Quando faleceu em 1867, com 70 anos, o sobrado transformou-se em palácio episcopal, e assim permaneceu até o final do século XIX. Passou por reformas, adquirindo uma fachada no estilo neoclássico. Foi comprado pela Mitra em 1880. A SP Gás Company ocupou-a em 1909. Hoje, o Solar da Marquesa pertence à Prefeitura e está aberto à visitação.

Múseu da Língua Portuguesa em SP


O local escolhido para a instalação do primeiro Museu da Língua Portuguesa não podia ser mais apropriado: a cidade de São Paulo, a maior urbe de falantes (superior à dezena de milhões) da Língua Portuguesa em todo o Mundo. A escolha do local também se revelou muito feliz pois recaiu sobre o admirável edifício da Estação da Luz, daí também se chamar ao museu “Estação Luz da Nossa Língua”.

Vale a Pena ser Visto: abraços Marcão



Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada.Professores da rede pública com holerite e RG, crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos não pagam ingresso. Não há venda antecipada de ingresso.Aos sábados, a visitação ao museu é gratuita. - Bilheteria: de terça a domingo, das 10h às 17h. Museu: de terça a domingo, das 10h às 18h - não abre às segundas-feiras. Praça da Luz, s/nº, Centro - São Paulo – SP Informações: Tel.: (11) 3326-0775 - E-mail: museu@museudalinguaportuguesa.org.br


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ana Moura / Canta Camões

Ana Moura num Poema de Camões esse enorme vulto Português, que Amália em tempos também cantou e muito bem os grandes Poetas são para serem cantados. abraços Marcão, - Para que meus olhos não deixem de chorar..., as minhas mágoas vou curar.


Fado Corrido / Ana Moura

Uma das minhas fadistas de eleição. Esta menina-mulher de seu nome Ana, de beleza moura e voz eloquente. Sou do Fado é de todos o fado mais belo que já ouvi. E que a Ana é mesmo do fado não hajam duvidas. abraços Marcão.


Fado Corrido / M Teresa Noronha

Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio (Paraty), (Lisboa, 7 de Novembro de 1918 — São Pedro de Sintra, 4 de Julho de 1993), foi uma fadista portuguesa Com origem familiar aristocrática ... abraços Marcão

Bravos, Excelente.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Homenagem / A Garneiro no Ribatejo

Marcos "Marcão" Ferrari, on 10 de maio de 2009 at 1:14 Said:

Grande Alvaro, parabéns pelo programa apresentado no: Ribatejo, nas Quintas, nos Vinhos, nos Cavalos Lusitanos, na Culinária, e principalmente no Fandango, risos: - Se você permitir, gostaria de repostar estas pérolas no http://marcaoportugal.blogspot.com/ forte abraço Marcão

Quer Saber + Acesse o Link: http://50por1.com.br/blog50por1/?p=43#comments


Homenagem / João Alves das Neves

Caros Amigos, por dever de ofício e homenagem ao Confrade João Alves das Neves, um pequeno mimo lembrando Pisão a sua Cidade Natal. . . > abraços Marcão

Clique no link para Saber + : http://www.aprincesadoalva.com/txt/txt_freguesia_coja.html

A Freguesia de Coja

A freguesia de Coja compreende, para além da sua sede (Coja) mais 9 aldeias e lugares: Casal Mourão, Esculca, Vale do Carro, Machorro, Pai Espada, Vale Peitalva, Pisão, Medas e Salgueiral.

Os historiadores não têm, até ao momento, dedicado grandes estudos a estas aldeias e lugares sendo o conhecimento histórico dos mesmos muito restrito. De qualquer modo sabe-se alguma coisa que aqui registamos.

Num estudo realizado pelo Padre Dr. António Dinis relativo a Espariz e a propósito de um cadastro da população do reino realizado a pedido de El Rei D. João III, em 1527, a Esculca apresentava 17 moradores e o Pisão apenas 4 e nenhuma das outras povoações eram mencionadas, porventura por serem inexistentes à época ou por terem uma expressão demográfica inferior à da Esculca. Anos mais tarde, em 1758, o Índice Geográfico das Cidades, Vilas e Paróquias de Portugal refere as capelas de S. Lourenço (Esculca), S. Simão (Medas) e Espírito Santo (Salgueiral).



Pisão, É a primeira das aldeias da freguesia. A 3 km de Coja, resultou da existência no local de um pisão de linho (entretanto desaparecido), engenho hidráulico para o tratamento daquele vegetal e que situava nas margens da Ribeira da Mata que por ali passa.Por norma e devido ao barulho dos batentes, os pisões localizavam-se distantes da povoação principal e perto de um curso de água. Por isso o Pisão também é conhecido por Pisão de Coja. Desta aldeia são naturais alguns grandes vultos da cultura portuguesa, dos quais destacamos os contemporâneos: o historiador José Mattoso e o escritor João Alves das Neves. Da sua arquitectura releva-se a capela, com interessantes estatuetas de porcelana no telhado, uma casa brasonada da família Figueiredo, outras residências com interesse arquitectónico e a Fonte de S. Miguel.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

João Alves das Neves

Caros Amigos, - Estou Feliz, fui prontamente atendido pelo grande João Alves das Neves, ilustre e notável representante da Colônia Portuguesa no Brasil e considerado sempre ao serviço de Portugal e do Brasil, onde aprovamos um intercâmbio de divulgação de textos. abraços Marcos "Marcão" Ferrari


João Alves das Neves, Nasci na aldeia portuguesa de Pisão de Coja (Arganil). Sou jornalista, professor universitário e escritor, estudei no Porto, em Lisboa, Paris e São Paulo, onde exerci as funções de redator-editorialista do jornal "O Estado de S.Paulo" e ao mesmo tempo fui professor pesquisador da Faculdade de Comunicação Social Cásper Libero. Colaborei em alguns dos mais importantes Jornais Brasileiros e Portugueses e fundei as revistas culturais: Portugalia-14vol.; Comunidades de Língua Portuguesas – 22vol.; Arganilia 23vol. Fundei e presido o Centro de Estudos Fernando Pessoa, através do qual organizei três encontros culturais sobre os países de língua portuguesa. Sou ainda diretor da varias associações Luso-Brasileiras, no Brasil e em Portugal. Publiquei cerca de 3 dezenas de livros, seis dos quais sobre Fernando Pessoa e outros sobre Machado de Assis, Graciliano Ramos, Camões e outros autores dos dois paises. Já esta concluída a obra “Fernando Pessoa, Salazar e o Estado Novo”, no prelo. Visualizar meu perfil completo

Links

domingo, 10 de maio de 2009

Lusitano Cavalo Puro Sangue




Cavaleiro: Álvaro Garnero conhece Portugal em um cavalo puro sangue


por: Marcos "Marcão" Ferrari

No programa 50 por 1, da Record, deste sábado (9), à 0h, Álvaro Garnero faz uma viagem pelas tradições portuguesas, montado em um autêntico puro sangue lusitano, o cavalo de sela mais famoso do mundo.

A viagem percorre a província do Ribatejo, famosa por seu patrimônio arquitetônico e cultural. A jornada começa na região de Azambuja, onde Álvaro Garnero conhece a raça do cavalo puro sangue lusitano e escolhe um deles para sua viagem. Depois, na tradicional Quinta do Gaio, localizada na cidade de Cartaxo, o apresentador aprende um pouco mais sobre as touradas portuguesas.

Ainda próximo a Cartaxo, Álvaro passa por um vinhedo centenário, responsável pelos melhores vinhos da região - a Quinta Vale dos Fornos. Na região de Azinhaga, ele tem a oportunidade de experimentar uma caldeirada de enguias e aprender o fandango, uma das danças mais tradicionais do país.

Em Golegã, não só conhece uma cidade totalmente dedicada aos cavalos, como também se hospeda no charmoso Hotel Lusitano, com direito a algumas aulas de tiro ao prato, nos bosques locais.

“Conhecer a história de Portugal é conhecer nossa história. É aprender como, porque e onde o Brasil começou”, afirma Álvaro Garnero, a O Fuxico. >>> Parabéns pela matéria e abraços ao Alvaro e pessoal do Fuxico. Marcão


sábado, 9 de maio de 2009

Viagem pelas tradições Portuguesas


<Visita a Quinta Vale de Fornos

Alvaro recebe instrucoes sobre como tourear na Quinta do Gaio >




Alvaro cavalgando pelas ruas de Azinhaga

Picadeiro em Praca Central em Golega>
Golegã - O fim da viagem




Azinhaga
- A primeira parada
, A vila de Azinhaga tem pouco mais de 8 mil habitantes, mas esse lugarzinho pequeno pode se orgulhar de pelo menos um habitante ilustre: José Saramago.

Golegã é uma vila pertencente ao Distrito de Santarém com cerca de 3900 habitantes. O curioso é que o que fez a fama da cidade não são bem seus habitantes, mas seus cavalos.

Quinta Vale de Fornos:
www.dynamic4web.com/quintavaledefornos
Soc. Agr. Vale de Fornos, S.A. Quinta Vale de Fornos 2050 - 365 AZAMBUJA Tel.: 263 402 105 Fax: 263 401 295 valefornos@mail.telepac.pt. -A Quinta Vale de Fornos é um dos lugares mais tradicionais de Portugal. História é o que não falta, mas desde 1972 a Quinta Vale de Fornos conta uma história diferente e muito perfumada. Aqui funciona uma das melhores vinícolas do Ribatejo. Além da Cabernet Sauvignon e da Syrah, a Quinta do Vale dos Fornos cultiva hoje dois tipos de uva originárias do Ribatejo: a Trincadeira e a Castelão, também conhecida como Periquita. - Fenomenal Vinhos a 5,00 Euros a Garrafa.

Quinta do Gaio:
www.quintagaio.com
Quinta do Gaio de Baixo 2070-213 Vale da Pedra - Cartaxo Portugal Tel.: +351 243770943 e-mail: eventos@quintagaio.com Manel Santos Lima +351 917823255 eventos@quintagaio.com Pedro Mello Santos Lima +351 917641339 psantoslima@quintagaio.com - A Quinta do Gaio fica a 10 quilômetros de Cartaxo uma cidade famosa por suas festas, seu pão de milho e seu vinho. Ao contrário das touradas espanholas, nas touradas portuguesas o toureiro passa o tempo todo montado num cavalo – o que é um pouco mais prudente. Alem disso, quem não gosta de ver sangue pode sossegar: na tourada portuguesa o touro não morre. Mas uma tourada que envolve cavalos precisa de animais que não tenham menor medo de um touro.

Álvaro Garnero percorre as rotas mais marcantes do mundo.

Como começou:

O Programa 50 por 1 começou como um sonho. Álvaro Garnero queria dividir 50 das suas principais experiências de viagem com o telespectador brasileiro. Não seria um programa de viagens comum, mas um programa de experiências, porque, segundo Garnero: “Um lugar não é para se ver, mas para se viver”. O resultado foi que quem acompanhou essas viagens pela TV Record quis mais do que 50. Muito mais.- Um grande abraço Parabéns: Marcão


Ah, e antes que comece a sair em todas as revistas de fofoca, deixo registrado aqui no blog: eu me apaixonei pela Pituxa. Ela me acompanhou em todos os lugares no Ribatejo e, apesar de um pouco arisca no início, depois estava comendo na minha mão. Próxima vez que voltar a Portugal, Pituxa é minha primeira visita. Abaixo vai a foto dela!

E e a minha Pituxa!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

CCLB / Comemorações



O nosso dia,

O dia da Comunidade Luso-Brasileira e do Descobrimento do Brasil, 22 de abril, foram devidamente comemorados em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, numa iniciativa do vereador Toninho Paiva e do Dr. Antonio de Almeida e Silva - Almeidinha - Presidente da Comunidade Luso-Brasileira. Foi uma noite em que toda a comunidade reviveu o “seu dia” e plena de homenagens àqueles que deram muito além de sua contribuição para nossa sociedade.





Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo

por: Marcos "Marcão" Ferrari

Estimado Luso-Brasileiro,

É com grande honra que solicitamos a contribuição de Vossa Senhoria para o desenvolvimento do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo. Sua participação mostra-se de fundamental importância.

O Conselho foi instituído em 17 de fevereiro de 1981 com a finalidade de unir, representar e defender os valores da comunidade luso-brasileira e seu reconhecido movimento associativo, reunindo, em seus quadros, personalidades de verdadeiro destaque e relevantes serviços prestados.

Figura, como presidente de honra do Conselho, o estimado Comendador Valentim dos Santos Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar.

A Entidade cumpre, ademais, a valiosa função de promover a preservação de bens culturais e históricos, como o Monumento a Pedro Álvares Cabral, localizado no Parque do Ibirapuera, além de representar nossa comunidade perante autoridades e entidades brasileiras e portuguesas, preconizando a difusão dos valores históricos e culturais que unem Brasil e Portugal.

A comunidade luso-brasileira, fora de dúvida, possui valiosos ativos sociais. É preciso que um planejamento estratégico seja conduzido de modo firme e consistente, viabilizando a união de toda a comunidade e a sustentabilidade do Conselho ao longo dos anos. Assim, alcançaremos as novas gerações com grande repercussão e envolvimento.

Entre outros objetivos, pretendemos organizar um rol de serviços inéditos aos associados. Para tanto, precisamos do apoio de todos. A nova diretoria do Conselho planeja implantar diversos projetos inovadores em benefício da comunidade luso-brasileira.

Um verdadeiro voto de confiança, neste momento, é imprescindível. Só assim o Conselho poderá alcançar os seus elevados propósitos e prestar relevantes serviços ao engrandecimento dos ideais da comunidade luso-brasileira.

Na certeza de poder contar com a inestimável contribuição de Vossa Senhoria para a consecução dos elevados propósitos do Conselho, renovamos nossos melhores cumprimentos.

Antonio de Almeida e Silva - Presidente
Fernando Martins Gouveia - Secretário Geral

“Todo homem tem deveres com a comunidade”
Declaração Universal dos Direitos do Homem

Participe! Saiba como se associar
Para solicitar a adesão como sócio do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo basta clicar aqui, preencher a ficha de inscrição abaixo e enviar pelo fax (11) 3209-5270.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Palestras



Apr 6, 2009
Fortaleza - Ceará - Brasil (Hotel Luzeiros)
fotos: 93 – 14 MB
Público
A esquerda: Gestão 2008-2009 - Presidente Rômulo Alexandre Soares - Ex- Presidente da CBP-CE(2004-2006);1º Vice-Presidente da CBP-CE(2006-2008); Conselheiro Executivo da CBP-CE(2008-2010)



por: Marcos "Marcão" Ferrari



Convidado: Secretário Geral do Conselho Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o português Francisco Mantero, ministrou nesta segunda feira, uma palestra durante um almoço de negócios no Hotel Luzeiros, em Fortaleza (CE). O evento foi promovido pela Câmara Brasil-Portugal no Ceará (CBP-CE) e Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e é parte integrante das ações promocionais em torno do V Encontro Empresarial Negócios na Língua Portuguesa (www.negociosnalinguaportuguesa.com) , que terá lugar em Fortaleza nos dias 28 e 29 de setembro/09.

Artigos: Think Tank



Urbanismo < Home



Grande Zullino, companheiro do Think Tank de Cotia, Parabéns pelo artigo, publicado na Revista Pini Construções muito bem elaborado, como soe acontece, abraços, Marcos Ferrari



6/Maio/2009

Conheça a experiência do Think Tank Granja Vianna, em Cotia-SP

Leia artigo de integrante de organização de moradores da Grande São Paulo, que discute questões de transporte, especulação imobiliária, aumento populacional, meio ambiente e infra-estrutura

por Roberto da Silva Zullino

A sociedade moderna tem que construir maneiras de participação política além das meras eleições, estas foram apenas uma concessão do "establishment" às camadas inferiores, afinal, reis de direito divino não estão tão distantes assim na história da humanidade. Eleições mostram-se necessárias, porém insuficientes para o controle do estado ou mesmo para a formulação de propostas do que o governo tem que fazer ou mesmo prometeu fazer. Lembremos sempre que eleições são episódicas e raramente estabelecem ligação com o pacto antes e o governo depois.

A Granja Vianna é um bairro de classe média alta e atraiu no passado pessoas que trocaram a agitação da cidade por uma qualidade de vida mais adequada. Em sua grande maioria indivíduos da elite intelectual, mas nem sempre da elite econômica, artistas, empresários, profissionais liberais, altos executivos fazem parte da maioria dos moradores da Granja. Os mais esclarecidos devem dar sua contribuição, principalmente porque o próprio esclarecimento foi produto da oportunidade dada pela sociedade. É obrigação retribuir o que se recebe. Não se trata de voluntariado, mas sim de pagamento pelo que recebeu.

Motivado por esse espírito público o advogado Roberto Ferrari de Ulhôa Cintra e mais alguns amigos resolveram organizar um Think Tank, uma organização para ouvir sem censura e democraticamente os atores do processo político, refletir sobre as informações colhidas, elaborar soluções e agir. O Ulhôa já era afeito à atividade política tendo sido o primeiro vereador eleito pela Granja Vianna para a Câmara do Município de Cotia.

No período de aproximadamente dois anos foram ouvidos indivíduos, organizações, empresas, políticos e candidatos a cargos executivos e parlamentares. As reuniões mensais foram feitas no Felix Bistrot, um dos mais tradicionais restaurantes da Granja Vianna que gentilmente cede um espaço fora do salão do restaurante de maneira a se ter uma boa infra-estrutura sem perturbações mútuas. Após essas oitivas, a conclusão foi o preparo lamentável da classe política e aqui não vai nenhum juízo de valor sobre a conduta, corrupção, maldade e outros atributos sinistros que certamente podem fazer parte, mas o fator chave para o desastre é o despreparo e porque não dizer a ignorância da classe política.

O que fazer? Para corrupção existe o remédio da polícia e da justiça, mas estas são a posteriori e de nada adiantam na busca de soluções e oferecimento de serviços públicos de qualidade. Trabalham, como se costuma dizer na demanda, não trabalham na oferta. Refletindo, o Think Tank elaborou uma possível solução para a oferta, partir para um projeto de capacitação de políticos e agentes públicos.

Formatou-se um curso com duração de seis meses a um ano com o programa, matérias, enfim, a ementa completa, além de recrutamento dos professores e identificação de parceiros com negócios na área educacional.

O Think Tank deliberou que a tarefa de implementação final da idéia não era tarefa de sua alçada, o mesmo não existe para cuidar de detalhes operacionais, mas sim identificar melhorias, pensar em soluções e zelar para que os produtos gerados sejam implementados.
Um grupo já envolvido na elaboração do projeto resolveu organizar o curso sob o nome de Escola de Formação de Líderes Políticos e Administradores Públicos. Está estabelecendo parceria para a infra-estrutura deste primeiro curso com uma das mais importantes entidades educacionais do estado e da região, entidade que possui um espectro amplo de atuação desde a escola primária até a universidade.

O Think Tank continua procurando identificar soluções para os gargalos existentes. A situação da Raposo Tavares, especulação imobiliária, aumento populacional, pressão antrópica sobre o ambiente e infra-estrutura, enfim, problemas não faltam. Todos os problemas serão muito mais facilmente equacionados com uma classe política mais preparada e com espírito público. Ingenuidade pensarão alguns, mas sem isso não há salvação.

O inovador é ter uma organização que se dedique apenas a coletar informações, refletir e diagnosticar, elaborar e agir, mas nunca cedendo às tentações de envolvimento operacional na implementação das ideias e projetos gerados do esforço intelectual. Não se trata de elitismo ou arrogância, mas sim de devolução dos produtos à sociedade, sem ônus para a mesma e sem qualquer coisa em troca, não se trata de generosidade, apenas cumprimento de uma obrigação de retribuição. O que se quer e o que é necessário é que existam grupos pensantes que tenham como objetivo principal a influência sobre a agenda pública. As ideias formatadas são facilmente aproveitadas pela sociedade que acaba se organizando e implementando as soluções. Isso é o que importa.

Roberto da Silva Zullino
Morador da Granja Vianna há 22 anos, engenheiro civil - Escola Politécnica, Master of Science - Engineering Management - Stanford University

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Homenagem / Fernando Pessoa


por: Marcos "Marcão" Ferrari






Os sabores de Fernando Pessoa Imprimir E-mail
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, no dia de Santo Antônio – 13 de junho de 1888. E morreu em 30 de novembro de 1935. Comemorando os 70 anos de sua morte, neste mês, vale a pena lembrar os sabores de que gostava. Todos ligados aos lugares onde andou. Dos primeiros tempos, em Lisboa, não lhe ficaram maiores recordações.

O pai sofria de tuberculose. E morreu pouco depois de seu aniversário de cinco anos. Depois diria: “No tempo em que festejavam o dia de meus anos/ Eu era feliz e ninguém estava morto”. A mãe logo se casou novamente, com o Cônsul de Portugal em Durban. E, ano seguinte, já estavam na África do Sul. O padrasto, em função do cargo, tinha, com freqüência, personalidades importantes à mesa.

Nesses encontros, Pessoa apurou o paladar e conheceu temperos diferentes. Entre eles curry, do indiano kadhi (molho), combinação de várias especiarias – massala, açafrão, curcuma, cardamono, canela, cravo, noz moscada, folha de louro, folha de arroz, pimenta da Jamaica, pimenta do reino, pimenta vermelha em pó (ou páprica), sementes de erva doce, sementes de cominho, sementes de coentro, sementes de mostarda, sementes de paparela e sementes de gergelim.

Esse tempero, que o colonizador inglês espalhou pelo mundo, em Portugal é conhecido como caril. Pessoa voltou à sua terra com 17 anos. Mas aquele curry, na Europa, tinha sabor diferente, bem menos picante que o africano. Mesmo assim gostava de um arroz preparado com esse tempero, servido em pequena cantina chamada “Pessoa”, que já não existe – dela restando hoje apenas uma placa na parede que dá para a Rua Santa Justa, onde está escrito “antiga casa Pessoa”.


Dobradinha à moda do Porto

Ingredientes: 1kg de dobrada de vitela (tripas, folhos, favos e a touca), 1 mão de vitela, 150g de chouriço, 150g de olheira, 150g de toucinho entremeado ou presunto, 150g de salpicão, 150g de carne de cabeça de porco, 1 frango, 1kg de feijão, manteiga, 2 cenouras, 2 cebolas grandes, 1 colher de sopa de banha, 1 ramo de salsa, 1 folha de louro, sal e pimenta.

Preparo: lavar bem a dobrada, esfregando sal e limão. Cozinhar em água e sal. Reservar. Em outra panela cozinhar as outras carnes e o frango. Reservar. Cozinhar também feijão com cebola e cenoura cortada em rodelas. Em um tacho grande colocar a banha e a cebola. Juntar todas as carnes cortadas em pedaços grandes. Depois o feijão. Temperar com sal, pimenta, louro e salsa. Deixar no fogo por meia hora. Servir em terrina de barro ou porcelana, acompanhado de arroz branco.

Bom Trabalho junto ao Fogão! - abraços Marcão